sábado, 27 de julho de 2013

Ocupação no Sesc Belenzinho



Este mês de julho foi bastante especial.

Duas vezes por semana eu batia cartão no Sesc Belenzinho para apresentar-me com talentosos colegas, atores e cantores, em "Ensaio sobre o sim e o não" (do qual já falei antes neste blog). Além do prazer de participar desta experiência, outra coisa muito bacana foi conhecer este espaço maravilhoso. O Sesc - quem o frequenta, sabe - é um oásis de cultura na capital e em outros estados. É uma destas coisas que deu mais certo do que se imaginava.

Surgiu em 1946, durante o governo de Eurico Gaspar Dutra, integrando o "sistema S" (do qual também fazem parte Sesi, Senai, Senac, etc...). Elas são mantidas com recursos compulsórios na folha de pagamento dos setores correspondentes (comércio e serviços nessa caso) a fim de que estes sejam revertidos para o bem-estar e a formação do trabalhador. Seu atual diretor é Danilo de Miranda. Aqui vocês podem ler uma matéria que a Vejinha fez na época da sua reinauguração, em 2006.

Neste post quero recomendar duas exposições que vi.




1) _RISCO#3




Está é uma exposição com telas de autores brasileiros contemporâneos. A maioria delas foi realizada entre 2008 e 2012. 

De cara, falo do gosto que dá você passear entre as telas num lugar em que realmente há espaço para fazê-lo. Esta, por exemplo, é uma das minhas críticas à exposição sobre o renascimento italiano que rola no CCBB. Infelizmente, o edifício foi pensado para outras funções, e seus corredores são estreitos, o que provoca dois efeitos: 1) as trombadas em outros visitantes são inevitáveis; 2) a contemplação das telas de grande dimensão ficam prejudicadas. 

Que diferença seria o fruir das aquarelas de Danielle Noronha, ou dos horizontes de Anete Ring, se não houvesse esse espaço para se afastar ou se aproximar conforme o desejo? Eu gosto de fazer os dois. De longe percebe-se a tela, e sua relação com as outras telas do conjunto e, de perto, fico tentando descobrir sobre a técnica e os materiais que foram utilizados. 

Saí de lá muito feliz em ser apresentado a este pessoal: Anete Ring, Antonio Goper, Danielle Noronha, Edson Souza, Marcos Gorgatti, Marlene Stamm e Wagner Pinto. Além das telas, também há cadernos de esboços e anotações, que são coisas que me cativam tanto quanto, pois dali germina o trabalho mais elaborado.

O único ponto negativo foi a monitoria. Durante todo o tempo em que estive lá, nenhum dos que lá estavam se aproximou, ou ao menos ficou por perto para prestar-se a tirar dúvidas. Preferiram ficar jogando conversa fora.

Mais informações: http://www.sescsp.org.br/programacao/4086_RISCO+3



2) HQBR21




Muito diferente é o caso da exposição HQBR 21: lá, nas duas vezes em que fui, fui muito bem amparado pelos monitores, que explicaram e me acompanharam o tempo todo, muito simpaticamente. 

Esta exposição reúne quadrinhistas nacionais que se destacaram nos anos 2000, seja no quadrinho impresso, pela via independente, ou através da web. Lá estão originais deles, e é muito bacana ver este material antes de ser processado por um editor de imagens. Além dos desenhos, você pode ler gibis, participar de oficinas e aparecer em alguma das rodas de conversa com autores que promovem. A próxima está marcada para o dia 1º de agosto. O tema é com Marcatti, onde será discutido o Quadrinho Underground.

Mais informações: http://tinyurl.com/nggqbue


É muito fácil de chegar lá: só pegar a linha 3 Vermelha do metrô (FORA DOS HORÁRIOS DE RUSH!!!) e andar 10 minutos. Vale muito a pena conhecer.

Amanhã posto mais duas dicas das bandas do Belenzinho. Fiquem ligados!

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Obrigado pelos comentários. Seja sempre bem-vindo.