Uma discussão diferenciada sobre este assunto veio através da Carta Capital em sua edição nº 734. A capa, reproduzo aqui:
Foram 12 páginas dedicadas ao tema, com reportagens e artigos que procuraram investigar sob óticas diversas o que é e por que alguns de nós sentem esse tal vazio. O esforço da equipe de Mino Carta deflagrou ao menos dois outros textos que me chamaram a atenção. Duas delas, especificamente ecoando o ensaio de Vladimir Safatle, intitulado "Relativa prosperidade, absoluta indigência".
Apenas os citarei aqui para os que se interessarem tanto quanto eu me interessei à época. Em 6 de fevereiro, Felipe Lindoso escreve no blog O Xis do Problema. O interessante aqui é o depoimento pessoal dele a respeito do que viu pessoalmente durante um trabalho no programa "Rumos" do Itaú Cultural, e a crítica que ele é capaz de tecer ao artigo frente a essa realidade.
O outro eco vem do artigo de Michel Laub de 15 de fevereiro de 2013 publicado na Folha de S. Paulo sob o título "Resposta ao Apocalipse". A parte mais interessante é aquela em que confessa, sendo parte dos que se dedicam a ser "antena cultural") ter a "consciência melancólica da perda de poder. A reflexão dele é de que é muito difícil para o crítico ou observador cultural ter legitimidade para alçar ou desbancar artistas em vista da quantidade de livros a ler, músicas a ouvir, filmes a ver... (especialmente depois da internet).
Como vêem, uma discussão séria a respeito deste tema demanda muito tempo e muitos saberes para se chegar perto de alguma clareza que gere ações efetivas para se mudar ou não o que aí está. Hoje, contudo, vi uma imagem que falou muito claramente sobre a incultura do poder público, afetando não somente uma manifestação artística, mas a própria liberdade de expressão em si. A imagem também fala sobre nosso preconceito ao taxar de marginais certas expressões. Não vale mais a mensagem? Bom, aí é só uma questão de opinião pessoal, hehehe...
Abaixo, as imagens que ilustram a matéria de Veja São Paulo. (clique para ampliar)
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